FIA rejeita apelação de Porsche e mantém punição de 3 minutos a Da Costa em Londres

Embora tenha admitido que três minutos de punição era "incomum", a Corte Internacional de Apelações não julgou a decisão dos comissários "arbitrária", mantendo a sanção de António Félix da Costa na corrida 1 do eP de Londres

Quase quatro meses após o encerramento da temporada 2022/23 da Fórmula E, a Corte Internacional de Apelações rejeitou o recurso da Porsche contra a punição de três minutos recebida por António Félix da Costa na primeira corrida do eP de Londres. Com isso, os resultados da nona temporada podem enfim ser confirmados, com o piloto português conquistando o nono lugar no Mundial de Pilotos. A Porsche, por sua vez, encerra oficialmente o ano como quarta melhor equipe da temporada.

A audiência aconteceu em 7 de novembro. Da Costa foi punido com o acréscimo de três minutos ao tempo final da corrida, algo que jogou o português do segundo lugar para a última posição da corrida. O motivo foi que Da Costa participou das últimas voltas da corrida com pressão abaixo do mínimo permitido no pneu dianteiro direito.

Sem sucesso em seu protesto inicial junto à Federação Internacional de Automobilismo (FIA), a Porsche acionou a Corte de Apelações sob argumento de que tinha informado ao órgão regulador sobre o pneu degradado. Na ocasião, a equipe alemã contou que Da Costa havia passado por cima de um detrito na pista, causado por batida entre René Rast e Pascal Wehrlein. O português ainda assegurou que o delegado permitiu que ele relargasse com o composto. Logo depois, a punição chegou.

A Corte de Apelação, embora tenha reconhecido que a punição imposta era “incomum”, observou que as ações dos comissários não podem ser contestadas se a sanção de tempo estiver de acordo com os regulamentos esportivos. Por mais que a Porsche argumentasse que os três minutos equivaliam à desclassificação, o tribunal não considerou a pena “arbitrária”.

Da Costa caiu de segundo para último (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

“É verdade que a pena de três minutos é incomum, mas nenhuma prova clara [de arbitrariedade] foi apresentada ao tribunal”, disse a Corte. “Se [a equipe] tivesse conseguido demonstrar que os comissários haviam imposto deliberadamente uma punição de tempo desproporcional em vez de desclassificar o piloto para negar-lhe o direito de ser ouvido, o tribunal poderia chegar a uma conclusão diferente”, continuou.

Após a decisão final, a fabricante alemã se disse “decepcionada”, mas acatou o desfecho. “Aceitamos a decisão do tribunal, mas estamos decepcionados porque nosso recurso não foi admissível, pois gostaríamos de apresentar nossos argumentos no interesse do esporte. Estamos seguindo em frente e nosso foco total está na próxima temporada”, finalizou.

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